Causas fracturantes.

Como sabemos, as diversas esquerdas (da chamada caviar àquela que prefere os tremoços e as sandes de torresmos) pelam-se pelas chamadas “causas fracturantes”.

Curiosamente, duas dessas “causas” excluem-se mutuamente, pela sua génese e principalmente pelos seus efeitos, mas dessa evidente contradição não parecem tomar conhecimento os presuntivos militantes: refiro-me a homossexualidade e a Islão, ou seja, ao apoio cego (e estúpido, já agora) que os esquerdistas devotam a ambas as coisas.

Quando ouvimos ou lemos, por vezes no mesmo texto ou no mesmo discurso, alguém apoiar a “causa palestiniana” (ou árabe, se generalizarmos) e, em simultâneo ou concomitantemente, reivindicar os “direitos dos homossexuais”, o mínimo que podemos sentir é um ligeiro arrepio na espinha: pois esta malta não sabe que o Islão condena liminarmente a homossexualidade?

É espantoso. Mas não saberão eles - ou será possível que realmente finjam não saber - que a “sodomia” (mesmo entre pessoas de sexos diferentes) é castigada com a morte em todos os países islâmicos?

E ainda, note-se, não se trata de uma “simples” condenação à morte, tal como a conhecemos ainda em alguns países ocidentais. Nada disso. Nos países árabes em geral e, em particular, naqueles onde vigora a lei islâmica, os “gays” podem ser executados de quatro maneiras diferentes: por decapitação, por empalamento, por lapidação ou por defenestração; sendo que, neste último caso, a Charia não é lá muito rigorosa, porque não indica em concreto se o condenado homossexual deverá ser atirado de uma janela, de um pátio suspenso ou de um telhado, e ainda por cima não refere expressamente a altura mínima para o efeito.

Isto significa, por conseguinte, já que se trata da forma de execução de “gays” mais popular no mundo árabe, que um indivíduo pode ser atirado tanto pela janela de um 10.º andar como do telhado de um prédio com apenas três ou quatro andares. De qualquer forma, e mesmo dando de barato o referido “vazio legal”, que baralha um bocadinho a coisa, temos que, para todos os efeitos, aquele tipo de seres humanos é de facto lançado no vazio, legal e efectivamente, atirado pelo ar até se esborrachar no chão. Outra lacuna na lei islâmica: não está previsto o que fazer caso alguém porventura não morra imediatamente da queda mas, dado o restante arsenal executório, podemos presumir que - em sucedendo o azar de não morrer à primeira - um indivíduo possa ser “acabado” à pedrada, imediatamente após o embate no solo. Não parece lá muito prático ou curial que o povo circunstante se dê ao trabalho de apanhar o condenado aos bocados, levá-lo de novo escadas acima e despencá-lo do alto outra vez.

Seria talvez útil e prudente, em especial para os próprios, que os esquerdistas se decidissem: ou apoiam a “causa” dos homossexuais ou apoiam a cultura que recomenda a tortura e o assassínio, a lei que prevê a liquidação sumária, os povos que participam na carnificina sistemática e sádica desses mesmos homossexuais.

Direitos dos homossexuais e direitos dos árabes, homossexualidade e Islão, enfim, defender as duas “causas” ao mesmo tempo é que não vos dá jeito nenhum. Em especial se, contra todas as previsões, a segunda delas algum dia vingar no vosso país: perdoareis porventura o grosseiríssimo trocadilho, mas em tal desgraça sucedendo teríeis de estar preparados para altos voos.

Deus queira que tal não suceda. Insh’Allah!



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