Candidatura à presidência de Fernando Nobre da AMI confirma que Portugal é uma catástrofe.


Fernando Nobre, Presidente da AMI, apresentou-se ontem como candidato-cidadão à Presidência da República e pretende fazer provar a Manuel Alegre o amargo sabor da cidadania que Mário Soares sentiu nas últimas eleições.
A classe política e jornalística não escondem o seu incómodo por se tratar de uma candidatura que poderá estragar a campanha com valores morais, projectos humanitários e ideias novas.
Mas trata-se de um homem que tem características únicas para ajudar Portugal, como é o facto de ter muita experiência de Terceiro Mundo, saber lidar com catástrofes, ter uma grande sensibilidade para as questões humanitárias e ser especialista em cirurgia geral e sobretudo, em urologia. “Já é hora de alguém meter o dedo no cu deste país, para lhe sentir a próstata”, disse a’O Indesmentível um apoiante de meia idade de Fernando Nobre.

Polvo.


Visto que hoje é dia de polvo na praça, deixem-me falar de outro tipo desta espécie tentacular: o polvo jornalístico. Promovido pelos pseudo defensores/mártires da liberdade de informação/expressão, este é o polvo que resolveu o problema “Santana Lopes”, que está a resolver o problema “José Sócrates” e que resolverá o próximo problema, seja de que partido for. É que, ao contrário do que muitos pensam, isto não é uma questão de partidos ou carácteres. Este polvo não quer saber disso. Apenas está interessado em instituir uma nova ideia de Estado de Direito assente na seguinte trave mestra: todos devemos ser responsabilizados pelos actos que praticamos, excepto eles próprios. Porque quem os tenta responsabilizar está a promover a institucionalização da censura.

Vejo várias demonstrações de rejúbilo pelos acontecimentos recentes, nomeadamente no espaço político de que me sinto mais próximo. Mas, não tenhamos dúvidas: o que acontece hoje ao 1.º Ministro, já aconteceu, noutra medida, a Santana Lopes e acontecerá ao próximo. Portanto, quando vejo os protagonistas políticos a irem atrás desta euforia, só me resta esperar pelo que lhes vai acontecer também a eles. Com mais capacidade do que qualquer outro, este polvo resolve de forma implacável todos os problemas que vão surgindo. E o principal problema é a governabilidade. Não interessa a ninguém! A governabilidade não dá capas chocantes, não vende jornais, não promove estrelas/mártires da liberdade de informação…
Enfrentar este polvo jornalístico revela-se também uma impossibilidade. Hoje ficámos a saber que, pelos vistos, já nem os Tribunais podem ambicionar executar as suas decisões perante esta rede tentacular.
Resumindo: é este polvo que, em parceria com uma face oculta do meio judicial português, nos passou a dizer o que está ou não provado, quem é culpado/inocente, quem pode ou não governar, o que é o interesse público, enfim, a diferença entre o bem e o mal. Quando assim é, o voto passa a ter uma importância muito relativa…

Portugal. Para onde vamos?



«Ora dada a escassez de homens de génio, os que, sob qualquer pretexto — quase invariavelmente estúpido — que seja, procedem de modo que afectem, ou possam afectar, o prestígio interno ou externo da sua pátria, ou são tipos inferiores e animais do homem, arrastados — pois a sua personalidade, que é nula, espontaneamente nos pode conduzir a isso — por pseudo-ideias ou pseudo-ideais que tenham um apelo directo à sua animalidade; ou são degenerados mentais (loucos e semiloucos) ou morais (criminosos ou quase).»

Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política. (Recolha de textos de Maria Isabel Rocheta e Maria Paula Morão. Introdução e organização de Joel Serrão.) Lisboa: Ática, 1980

Se fosse no cu...


Campanha da BMW para venda de carros usados.


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Oval.


O Seis Nações começa no Sábado.
A campeã Irlanda joga com a Itália em casa (está ganho), enquanto a Inglaterra recebe o País de Gales (não está ganho). No dia seguinte, a França (que ganhou à África do Sul no Outono) tem uma visita difícil à Escócia (que no Outono ganhou à Austrália).
Isto promete.
Enjoy your Guinness.